sexta-feira, 5 de abril de 2019

Resenha: Fahrenheit 451 (Nova Ortografia)


Título: Fahrenheit 451 (Nova Ortografia)
Publicado em: 1953 (Ano da edição: 2012)
Autor: Ray Bradbury
Páginas: 216

Avaliação
Enredo: ●●●●○ (4/5)
Personagens:●●●○○ (3/5)
Capa, Folhas: ●●●●● (5/5)
Nota final:  ●●●●○ (4/5)

"Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia. A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes. O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos."
Ao ler as primeiras linhas do prefácio, pude sentir do que o livro se tratava: sobre um regime. Basicamente, o que você ler em "A menina que roubava livros" e "1984", você vê também em Fahrenheit 451: uma sociedade que detesta conhecimento. Fahrenheit 451 é bem mais realista, pois se trata da verossimilhança que o livro adquiriu depois de cinquenta anos após sua publicação. É necessário que você tenha vontade (muita vontade mesmo) de ler livros que parecem ficções científicas, mas na verdade, abordam o passado de uma maneira diferente. A maneira que o autor escreveu este livro, é bem agradável, mas tenho um aviso: a leitura passa a ser cansativa se você fizer longas pausas e/ou parar no meio de uma página sem ter entendido o que leu. A história é narrada em terceira pessoa e conta com personagens bem estruturados. O protagonista - Guy Montag - é um "bombeiro" (se lerem, verão porque coloquei parênteses) e vive em uma casa com a sua esposa Mildred. Bom vizinho, emprego estável, amigo do patrão, ele tem tudo que quer - até se encontrar com Clarisse. Os diálogos são bem interessantes, pois o autor consegue fazer com que o leitor sinta o que o personagem está passando. De algum jeito, Fahrenheit 451 não é um livro comum. O livro foi publicado em 1953, mas sofreu modificação desde então. As folhas são agradáveis e a capa do livro tem um brilho bem bonito e tem um acabamento perfeito. Há também uma adaptação do livro.
Verso do livro

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